20 de out. de 2009

O Fim das Coisas Boas

De manhazinha o sol quente vem nos acordar. Olho para o lado e ela finge ainda dormir. Finge ainda me amar. Tento esconder dela o meu medo. Levanto-me devagar e em silêncio, porém ela me puxa de uma vez só para a cama de novo e, rindo, me enche de travesseiradas.
Caímos ambos na cama, exaustos e às gargalhadas. Exatamente igual há quando éramos adolescentes. Agora sou eu que finjo. Finjo não ver uma ou duas lagrimas escorrendo em seu rosto.
Ao se levantar, ela veste aquela minha camisa azul de algodão, bem velha, e um jeans desbotado. Amarra os cabelos, sorri e vai embora, sem dizer mais nenhuma palavra. Tomarei meu café sozinho, com a ilusão de um dia voltar a ve-la.

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