8 de out. de 2010

De Mãos Dadas




Me acostumei a te chamar de lar. Já fiz de teus braços meu travesseiro e de tua voz trilha sonora. Já fiz de tua pele meu cobertor. Moro em ti, me aconchego em teu pescoço arrepiado, tua respiração é meu marca passo. Nossa cama é nosso jardim, e a luz da manhã será sempre nosso despertador.
E assim vou acordar todos os dias, com o cheiro de café fresquinho, sorrindo pra ti, dentro de uma grande camiseta branca, esfregando os olhos, vou lembrar que te amei por cada segundo e assim seguirei vivendo. Em ti, em nós.
E se o acaso resolver nos pregar uma peça, se algum dia a manhã vier trazendo a chuva, vamos sair na varanda e sentir a água dura se chocando contra nossas peles. Segurarei tua mão, e então, todo meu medo fugirá de nós. E isso é o que eu vou chamar de felicidade. A sensação de poder sorrir, mesmo que por dentro, e saber que tu estarás sorrindo ao mesmo tempo. Não soltarei tua mão no meio da noite, nem no baile de carnaval. Meu sorrir não pode agora perder o abrigo que tanto procurou.