17 de set. de 2009

Vazio

As cinzas do meu cigarro caem em cima das minhas pernas, eu derramo meu café no chão. Já não sei mais que horas são, meu relógio está parado, minha cama está vazia, minha mão está sozinha. Às vezes sou surda, cega e muda. Às vezes até me esqueço de ser. E enquanto isso meu café esfria, meu cigarro termina. Em cada livro tem seu nome, sua voz está em todas as canções. Mas de repente todas as coisas doces ganham um quê de amargas. E esse frio atrás da nuca é só o vento. A propósito, hoje faz tanto frio que decidi parar com o café, parar de fumar e parar de pensar.

(escrito em 31/08/2009)

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