7 de nov. de 2010

Outro Adeus


Ah, menina, mas uma vez te pergunto: por que tu foges? Acaso não gostas quando te chamo de bonita? Assim, sempre correndo, mal tive tempo de memorizar teu rosto, tuas linhas, tuas ancas. Minha bonita, que nem chegou a ser minha, mas que a beleza não se pode negar. Bem sabes que não te prometi assassinar o passado, mas o plano era renascer em ti um futuro.
Se bem me lembro, a luz que atravessava a cortina desenha flores em tuas pernas. Eu quis rir. Mas não ví graça. Mordi os labios, como que para segurar a dor de minha premonição, mas sem entender, tu estavas a repetir meus gestos. Em algúm lugar uma porta bateu. Senti um arrepio na nuca, tu partirias em poucos segundos.

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