19 de ago. de 2010

Menina


Ah! Menina, se tu soubesses que teu nome é poesia!
Se não fosse eu a culpada pela efemeridade de sua inocência!
Ah! Menina, se fôssemos hoje outras e não quem um dia sonhamos ser!
Menina, eu gritaria teu nome em frente aos teus portões, desenharia em tua calçada o caminho para o céu. Seria tua.
Te faria menina todos os dias, pintaria tuas paredes com as sete cores do arco-ires, te chamaria de minha.
Ai, menina! Se não fosse o nosso ontem, o que seria de nós? E o que sou eu? Sem teu olhar ligeiro, sou só alguém a pensar. Alguém a soletrar teu nome como música, pra ninguém escutar.
Menina, menina... Teus olhos inebriam, tua pele é a prova da evanescência de nossas vidas.
E sobre ti? Minha pequena menina, ainda és doce, ainda sim podes ser amarga quando queres. Sobre ti? Já não és mais minha, já não és mais menina.

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