10 de jan. de 2010

"Fél bebei por leite"

Aquele meio prazer lhe penetrava a alma com gosto de vida. Que vil criatura lhe daria tamanha glória lhe privando do gozo?
Não sabia que assim morria, pois já era doce morrer. Não dessas mortes que a gente vê por aí. Morria hoje de desgraça vestal, da doçura das cinzas do seu amor.
Amor esse que não inteiro, cedido pela medade. Incapaz de saciar a menor das sedes. Era de sede também que morria.
Sem medo da medusa que lhe olhava friamente, prendia o grito de dor, e só.

Um comentário:

  1. seus textos são o pedaço do dia que alegram e fazem refletir.

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